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Lead Time

O que é?

O Lead Time é uma métrica fundamental utilizada em engenharia de software, DevOps e metodologias ágeis para mensurar o tempo total decorrido entre a criação de uma solicitação (ex: abertura de uma issue, ticket ou história de usuário) até sua entrega efetiva (como deploy em produção ou conclusão técnica formal).

Essa métrica abrange todo o ciclo de vida da demanda, incluindo:

  • tempo em espera no backlog,
  • tempo em desenvolvimento ativo,
  • revisões de código,
  • validações de qualidade (QA),
  • testes de homologação,
  • e etapas de aprovação.

O Lead Time responde à pergunta: “Quanto tempo levamos, do pedido até a entrega?”

Diferentemente do Cycle Time, que mede apenas o tempo de trabalho ativo, o Lead Time oferece uma visão mais completa da jornada de entrega de valor ao cliente ou usuário final.


Como medir?

Ferramenta:

  • GitHub Projects: utilizar a data de criação e a data de fechamento da issue ou pull request.

Procedimento:

  1. Defina o ponto de início da medição: geralmente a data de criação da issue, ou o momento em que ela entra no backlog priorizado.
  2. Defina o ponto de término: pode ser a data de fechamento da issue, merge da pull request, deploy em produção ou marcação como "Done".
  3. Calcule a diferença entre os dois pontos.
  4. Automatize o processo sempre que possível com queries, plugins ou dashboards conectados a ferramentas como Power BI, Grafana ou DevLake.

É recomendável manter uma definição consistente sobre o que significa “entrega” para o time — produção, homologação, aceite, etc.


Visualização e Análise

  • Gráficos de dispersão (Scatter Plot) com datas de início e duração.
  • Histogramas de Lead Time para avaliar distribuição de entregas.
  • Control Charts para monitorar variações e detectar anomalias.

Esses gráficos ajudam a identificar outliers, padrões sazonais e tendências de melhoria ou regressão ao longo do tempo.


Como essa métrica ajuda?

O acompanhamento do Lead Time oferece uma série de benefícios estratégicos e operacionais:

  • Avaliação de eficiência operacional: mostra quanto tempo o time leva, do pedido à entrega, para gerar valor.
  • Identificação de gargalos: revela onde as demandas passam mais tempo — como QA, análise, ou em espera para review.
  • Previsibilidade: permite realizar estimativas mais precisas com base em dados históricos de entrega.
  • Melhoria contínua: serve como insumo em retrospectivas ágeis e reuniões de Kaizen para refinar o fluxo de trabalho.
  • Transparência e comunicação: ajuda na comunicação de desempenho com stakeholders e clientes.

Boas práticas

  • Use amostras suficientes para evitar conclusões com base em poucos dados.
  • Padronize a definição de “pronto” para que a métrica seja comparável entre projetos ou sprints.
  • Combine com outras métricas como Cycle Time, WIP e Throughput para uma visão sistêmica.
  • Evite comparações isoladas entre equipes — o Lead Time deve ser usado principalmente para medir evolução dentro de um mesmo contexto.